A precificação correta da mensalidade escolar é um fator determinante para o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade das instituições de ensino. Em um cenário de crescente pressão econômica, os gestores das escolas precisam garantir que o valor cobrado dos alunos seja suficiente para cobrir uma série de custos fixos e variáveis, incluindo salários e encargos dos professores, manutenção da infraestrutura, investimentos em reformas e melhorias, impostos e, por fim, o lucro dos sócios. A gestão eficiente desse processo exige, ainda, um planejamento orçamentário rigoroso e a avaliação constante dos resultados financeiros ao longo do ano.
1. Custo dos Professores e seus Encargos

Os professores são a espinha dorsal de qualquer instituição de ensino. O pagamento adequado e pontual desses profissionais é essencial não apenas para garantir a qualidade do ensino, mas também para a atração e retenção de talentos. Além do salário bruto, as escolas devem considerar os encargos trabalhistas, que no Brasil incluem INSS, FGTS, 13º salário, férias e outros benefícios legais. Esses custos são essenciais para assegurar que os educadores tenham suas condições de trabalho preservadas, o que reflete diretamente na qualidade do serviço educacional prestado.
2. Despesas de Estrutura e Manutenção

Além da folha de pagamento, as escolas têm uma série de despesas operacionais com a manutenção da infraestrutura, como contas de água, luz, internet, segurança, limpeza, material didático e pedagógico, entre outros. Manter um ambiente seguro e bem estruturado é fundamental para a experiência dos alunos e para o bom andamento das atividades escolares. Isso requer investimentos constantes em reformas, adequação dos espaços, melhorias na acessibilidade, além da necessidade de adquirir novos materiais e equipamentos para as salas de aula.
3. Investimentos em Reformas e Melhoria Contínua

Com o tempo, é inevitável que a estrutura física da escola precise de melhorias, reparos e atualizações. Reformas periódicas não só são necessárias para preservar a segurança dos alunos e colaboradores, mas também para manter o ambiente atrativo e adequado às necessidades pedagógicas. Esses investimentos devem ser planejados com antecedência e estar previstos no orçamento anual, pois são despesas que exigem uma quantia significativa de recursos. A falta de uma previsão de custos para reformas pode gerar dificuldades financeiras e comprometer a qualidade da educação oferecida.
4. Impostos e Obrigações Fiscais

As escolas, como qualquer outra empresa, estão sujeitas a uma série de obrigações fiscais. Além de pagar tributos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto de Renda e Contribuições para a Seguridade Social, as instituições de ensino devem manter-se atentas a alterações na legislação tributária que possam impactar suas finanças. Por isso, é essencial que a mensalidade cobrada esteja ajustada para garantir que esses custos sejam cobertos de maneira adequada e que a escola não enfrente problemas com o fisco.
5. Lucro dos Sócios e Sustentabilidade Financeira

Assim como qualquer outra empresa, uma escola também precisa gerar lucro para garantir sua continuidade e crescimento. Esse lucro é necessário para reinvestir no negócio, expandir a infraestrutura, qualificar o corpo docente e aprimorar o processo pedagógico. Portanto, a precificação da mensalidade deve levar em conta não só os custos operacionais, mas também o retorno financeiro desejado pelos sócios, de forma que a escola se mantenha competitiva e capaz de se desenvolver ao longo do tempo.
6. A Importância do Orçamento Anual e Acompanhamento Mensal

Um dos pilares para a definição da mensalidade correta é o planejamento orçamentário. O orçamento anual deve ser elaborado com base em projeções realistas de receitas e despesas, levando em consideração todas as variáveis que impactam a escola, como aumento de salários, mudanças nas tarifas de serviços, custos com materiais e investimentos em infraestrutura. Esse planejamento permite que a escola tenha uma visão clara de sua saúde financeira e consiga determinar um valor justo para a mensalidade, que cubra todos os custos e ainda proporcione lucro.
Entretanto, um orçamento anual não basta se não for acompanhado de perto durante o ano. O acompanhamento mensal das receitas e despesas é essencial para detectar variações inesperadas, ajustar estratégias e, se necessário, corrigir a precificação das mensalidades. A monitorização constante permite à gestão agir rapidamente diante de imprevistos e garantir que a escola se mantenha no caminho da sustentabilidade financeira.
Conclusão

A correta precificação da mensalidade escolar é um dos principais desafios de gestão enfrentados pelas instituições de ensino. Garantir que a mensalidade cubra todos os custos de operação, investimentos em infraestrutura, encargos fiscais e o lucro dos sócios é fundamental para a continuidade e qualidade do serviço educacional. Para tanto, o planejamento orçamentário anual e o acompanhamento mensal das finanças são indispensáveis para que as escolas possam se manter financeiramente equilibradas, oferecer um ensino de qualidade e garantir a satisfação de seus alunos e professores.
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Autor: Anderson Thuner, contabilista, economista, MBA em Gestão do Varejo pela USP Universidade de São Paulo, Mestrado em estratégia em negócios pela UFRRJ – Universidade do Rio de Janeiro e acadêmico em Direito.



